O Marine Stewardship Council publicou o seu mais recente relatório, no qual evidencia a importância do consumo de pescado e a particularidade desta fonte de proteína em termos de sustentabilidade.
Com a previsão de que a população mundial atinja os 9,6 mil milhões de pessoas até 2050, a pressão sobre os sistemas alimentares é cada vez maior. Existe, contudo, uma aceitação crescente de que o aumento da produção de alimentos sustentáveis a partir dos oceanos, rios e lagos – conhecidos como "alimentos azuis" – pode ajudar a alimentar uma população global em crescimento, reduzindo ao mesmo tempo o impacto ambiental. Juntamente com a aquicultura e as algas, as pescarias de captura selvagem têm um papel fundamental a desempenhar. Em média, o peixe e o marisco têm muitos mais benefícios nutricionais do que a carne de animais terrestres e resulta em menos emissões de carbono. A pesca selvagem produz 1-5 kg de CO2 por quilo de peixe capturado, em comparação com 50-750 kg de CO2 por quilo de carne vermelha. Além disso, o pescado selvagem não necessita de terra, água doce, fertilizantes ou pesticidas. A procura de produtos do mar deverá duplicar até 2050, pelo que é vital que a expansão da produção de alimentos de origem aquática seja sustentável.
Poderiam ser capturadas mais 16 milhões de toneladas de pescado selvagem por ano se as pescarias a nível mundial fossem mais bem geridas, satisfazendo as necessidades proteicas de mais 72 milhões de pessoas e reduzindo significativamente as carências de ferro e vitaminas.